quarta-feira, 10 de março de 1999

P.R.U. - A Chave Para o Sucesso!? - Intervenção de Abertura

Boa Tarde

Começava por agradecer aos nossos convidados por terem respondido afirmativamente às nossas solicitações para estarem presentes aqui hoje, e também a todos os presentes.

Visando a prossecução dos objectivos do nosso Núcleo, que visa essencialmente:

: Desempenhar o papel de pólo agregador e dinamizador dos seus membros.

: Complementar o sistema formal de ensino através de actividades diversas, contribuindo p/ a sua formação científica, tecnológica e cultural.

: Estabelecer e fortalecer a ligação entre os estudantes, os docentes e os profissionais de planeamento, os demais parceiros e a comunidade em geral.

E mais especificamente para contribuir para a mobilização e incentivo do envolvimento dos estudantes nas reflexões sobre os percursos da sua formação, congregamos hoje aqui nesta sala estudantes, licenciados e docentes num acontecimento certamente pouco vulgar, com a finalidade de promover um espaço de discussão e de debate, tendo em vista a expressão de sensibilidades e experiências adquiridas pelos licenciados, expectativas sentidas pelos estudantes e curiosidades e apreensões trazidas pelos docentes.

Pretende-se deste modo contribuir para a:

: Reflexão sobre o curso, as suas componentes e a respectiva articulação ou desarticulação com as solicitações e desafios proporcionados pelo mercado de trabalho;

: Identificação e caracterização de potencialidades e dificuldades encontradas pelos licenciados no exercício da sua profissão face às áreas disciplinares abordadas e desenvolvidas ao longo do curso;

: O conhecimento e divulgação de diferentes experiências profissionais dos licenciados em PRU;

: Aferição da multiplicidade de áreas de actuação que os licenciados têm vindo a assumir e discutir as relações com potenciais mercados de trabalho e as suas dificuldades e potencialidades de integração;

: Discussão das formas de aproveitamento das novas oportunidades nomeadamente com a saída de legislação que institucionaliza os técnicos urbanistas (DL 292/95 de 14 Nov) e do recente projecto de portaria que regulamenta os técnicos urbanistas.

Espera-se que este encontro se constitua como uma rampa de lançamento para um verdadeiro fórum de discussão entre todos os intervenientes no processo de formação desta Escola para uma vivência mais intensa da Escola de Planeamento de Aveiro.

É nosso entender que a Escola deve assegurar a capacidade de permanecer nalguns pontos chave que constituem o núcleo central da sua identidade, não descurando uma adaptação efectiva dos seus currículos e das suas características pedagógicas, essencial para uma formação adequada dos futuros profissionais de planeamento, na qual a formação escolar de um futuro planeador deverá passar também pela consolidação das suas capacidades comunicativas e pedagógicas.

De um modo geral um curso superior não sendo apenas moldado para responder estritamente às solicitações do mercado deve também possuir a capacidade de descortinar novas necessidades e de precaver um melhor enquadramento e qualidade dos profissionais a formar, em que a Escola não deve ignorar ajustamentos (parciais ou globais) que englobem o emprego de estratégias, tácticas ou processos de planeamento que sejam adequadas às exigências impostas pela evolução da realidade.

Neste sentido, e passados seis anos sobre a última revisão do nosso plano curricular, importa avaliar as implicações positivas ou negativas na nossa formação das alterações então introduzidas...

Para tal contamos com o relato das experiências vividas pelos nossos colegas licenciados no exercício da sua profissão, com a participação de docentes que orientam a nossa formação, bem como com as questões e expectativas dos nossos colegas estudantes aqui presentes....

Obrigado...